sábado, 31 de janeiro de 2009

1, 2, 3 Kreator outra vez!

Através de uma tempestade de alerta amarelo, a irmandade do metal percorreu a A1 até à invicta, Teatro Sá da Bandeira, para ver Kreator. As hordas do caos regressaram em grande forma, num alinhamento que combinou os clássicos com os novos temas, deixando a adolescente suburbana que há em mim muito satisfeita, rouca e com o pescoço dorido!
Isto dos concertos funciona muito como uma religião. Durante aquelas horas partilhamos uma crença, valores que nos parecem diferentes e diferenciadores... semi-deuses por uns momentos. O thrash dos Kreator com a sua linguagem violenta sintetiza um sentimento de revolta e agressão, a barragem de som, o ritmo acelerado, a voz... Se eles falam ou não a sério em relação à violência? Mille garantia que sim, apelando ao prazer de matar. Há 16 anos, no Armazém 22, apelando à renovação de todas as mentes e condenando o legado nazi do seu país de origem obtiveram muitas saudações nazis. Porque, como em tudo, entre o que se diz e o que é ouvido há processos de interpretação que, como o som das guitarras, produzem muita distorção.
Os meus Kreator falam da violência das sociedades industrializadas, do vazio dos valores e da coragem de defender os nossos contra tudo isto.

Destroy what destroys you
In god-forbidden land
Resurrect the dream you've lost
Before you regret
Our souls may be darkened
But we see the light
The source of our inner strength
Is power that cannot die

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Os tempos do tempo

tempos e tempos...
... dias de chuva em que os minutos se arrastam dolorosamente e os olhos sentem vontade de chover. Lágrimas de lembrança, sorrisos que não se querem esquecer, saudades muitas.
... dias de sol em que as horas voam e os olhos sorriem. Lágrimas de prazer, pelas gargalhadas que fazem vibrar o coração, alegrias puras.
O tempo não é linear, nem plano.
Remember tomorrow.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O que há num nome?

Uma inspiração musical (31 Flavors) porque a diversidade, na música como na vida, é de facto o principal tempero.

Porque a ideia é escrevinhar sobre as várias coisas que servem de tempero à vida. Os gelados dos dias de sol e o sol dos dias gelados. Porque se a vida nos dá limões podemos sempre fazer gelado de limão :D

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O desafio das palavras

Gosto de palavras: prosa, canções, conversas. Há quem diga que estão gastas excesso de uso, banalização num mundo acelerado e por vezes demasiado estridente. Há quem diga que perdem o sentido, o valor com a erosão do tempo e dos sentimentos. Será... tudo isso e até mais. Mas são belas, generosas e (e)ternas. O desafio é estar à altura de algumas: lealdade, partilha, coragem, amor.
Para que exista um arco-íris é preciso sol e chuva, mas para ver o mesmo arco-íris é preciso levantar os olhos para o céu e querer a sua beleza passageira.
Aceitar desafios é bom.